O rei foi então ver com os próprios olhos o tecido enquanto estava ainda no tear.Com um grande número de homens escolhidos por ele,do qual faziam parte os dois sábios e honrados funcionários que antes haviam lá estado,foi ele à sala onde os dois trapaceiros teciam,sem um só fio de linha.
Os dois funcionários, apontando os teares vazios, elogiavam incansavelmente o tecido. O rei pensou: "Isto é horrível! Nada vejo! Serei tão ignorante que não sirvo para ser rei? Seria a pior coisa que poderia acontecer!. E pôs-se a elogiar também dando sua inteira aprovação para o trabalho. Sacudindo satisfeito a cabeça, contemplava o tear vazio. Não queria dizer que nada via.
O rei premiou os dois trapaceiros e deu-lhes o título de cavaleiros do tear.
Os trapaceiros passaram em claro a noite,véspera do desfile em que o rei mostraria a sua roupa nova,com dezenas de luzes acesas fingindo estar fazendo serão.Todos podiam ver através das janelas que trabalhavam incansavelmente,empenhados em terminar a roupa do rei.Fizeram de conta que retiravam o tecido do tear,e o cortavam com grandes tesouras,costurando-o com agulhas sem linha.Por fim anunciaram que as roupas estavam prontas.
O rei compareceu ao local acompanhado pelos seus mais nobres cavaleiros.Os dois erguendo os braços,fingiam segurar alguma coisa. "Aqui estão as calças. Cá está o casaco. E aqui,o manto-disseram e completaram: O tecido é tão leve como teia de aranha.Parece que não se tem nada no corpo.Esta é a grande qualidade dele...
O rei tirou sua roupa, e os trapaceiros fingiram dar-lhe,peça por peça,o traje novo.
"Como ficaram bem! Que padrões! Que cores!- era o que se ouvia ao redor.
E assim o rei desfilou na procissão,enquanto nas ruas e nas janelas todos comentavam sobre a beleza dos trajes do rei.
Todos dissimulavam ocultando que não estavam vendo nada,pois do contrário teriam passado por imprestáveis para o cargo que ocupavam no reino. De repente...
"O rei está nu"- disse uma criança.
"Psiu! disse-lhe o pai. Falou a voz da inocência", mas cochichou para outro o que a criança dissera.
"Ele está nu!- comentavam por fim, todo o povo.
O rei sentiu uma abalo pois lhe parecia que falavam a verdade.
"Agora preciso aguentar o desfile até o fim"-murmurou ele.
Aprumou ainda mais o corpo e os camareiros solenes, continuaram a segurar o manto que não existia."
Extraído e adaptado de ANDERSEN, H.C.: A roupa nova do rei.
Prezados companheiros,observamos na história acima,que o rei,na sua grande vaidade,quis impressionar a todos e acabou se expondo ao ridículo ficando nu diante do público. Esse risco corre qualquer um que procura mostrar uma inovação que acredita ser um diferencial sem dominá-la ,sem metas concretas e sem contar com a parceria de pessoas sinceras e honestas que entendem do assunto e que possam lhe alertar sobre os perigos e benefícios da nova estratégia .
Forte aperto de mão e um beijo em seu coração. Fique com Deus. Para você e sua família, paz e bem!