quarta-feira, 7 de março de 2018

O mito das cavernas.

 No mundo em que vivemos, só tem sentido para nós as coisas materiais e sensoriais que percebemos.
Na nossa prática pedagógica, nas maiorias das escolas, inúmeras vezes só nós falamos, impedindo que os alunos se comuniquem, mantendo-os em silêncio.Nós educadores,detentores do saber,somos os donos da verdade. E os alunos "páginas em branco",precisam ficar quietos,somente ouvindo e copiando o que foi passado no quadro,mesmo que nada estejam entendendo. E depois, a resposta certa é passada para que confiram/copiem. Impedimos assim que tenham oportunidade de aprender a raciocinar por si mesmos para que pensando apenas no que queremos que pensem, não descubram que é preciso aprender não somente o que o professor tem o “poder” de mostrar, mas ver além das coisas concretas.Aquele raro aluno que aprendeu a pensar e consegue ver além dos textos pobres das cartilhas,como por exemplo "Ivo viu a uva" e descobre que por trás da uva existe um profissional que cultiva,colhe para os patrões ganhando às vezes salário de fome e questiona, quer saber mais sobre isto, qual o contexto,se tem sentido ou não, é rotulado de indisciplinado, aluno problema ou maluquinho que deve ser punido ou receber tratamento neurológico. E o aluno que descobriu um dos problemas da escola e por isso é rotulado de problemático,  acaba se acomodando a ver somente o que é mostrado. Acreditando que somente o que é mostrado é verdadeiro e que não é preciso raciocinar, porque sempre alguém faz isto por ele, se acomoda na vida medíocre sem esperança de possibilidade de crescimento.

E  assim o principal objetivo da educação de qualidade social que é formar cidadãos críticos,participativos capazes de compreender claramente e transformar  a realidade não é atingido.

Como educadora, penso que é importantíssimo repensar a nossa prática pedagógica constantemente e como avó,ou família de aluno, que é preciso acompanhar e questionar a educação que está sendo transmitida para nossas crianças.  É o tipo de educação que pensamos para elas? É este o mundo que esperamos que construam com criatividade para viver ou preferimos que passem o resto de suas vidas, concordando, copiando, assimilando e repetindo o que lhes é transmitido na escola, na sociedade ou pela mídia?
                                                                                Terezinha das Graças de Souza Couto- Psicopedagoga.

                                                       

Obrigada pelo carinho da presença.Um forte abraço para você. Fique com Deus e que Ele derrame uma chuva de graças sobre você e sua família.

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