que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
-mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele,velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
Bom dia! Com este poema de Carlos Drummond, presto minha homenagem a todas as mães e em especial à minha mãezinha de quem eu me perdi há 57 anos atrás. Se Deus já se lembrou de tirá-la do mundo? Não sei. O que sei é que tirou-a de mim,ou tirou-me dela? Isto também ainda é mistério profundo.Ele tem suas razões que eu, sentindo pelas estradas da vida a enorme falta que ela me faz,percebo que o tempo passou depressa mas em mim deixou marcas eternas da sua luz,da sua graça, mamãe.
Homenageio ainda minhas queridas mães espirituais Graziela e Maria Carmem, de quem jamais me esquecerei por tudo que me ensinaram. A determinação, a vontade de progredir e tantos outros valores, aprendi com elas. Por isso digo: Mãe não morre nunca. Mesmo quando,por vontade do Criador se retira de cena no palco desta vida, viverá para sempre no coração dos filhos. A todas meu carinho, meus respeitos e minha humilde mas sincera homenagem.
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