Rubem Alves
"Hoje não há razões para otimismo. Hoje só é possível ter esperança.
Esperança é o oposto do otimismo.
Otimismo é quando,sendo primavera do lado de fora,nasce a primavera do lado de dentro.
Esperança é quando,sendo seca absoluta do lado de fora,continuam as fontes a borbulhar dentro do coração.
Camus sabia o que era esperança. Suas palavras: E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível...
Otimismo é alegria por causa de: coisa humana,natural. Esperança é alegria a despeito de:coisa divina.
O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade.
O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade.
O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas, ele morre.
A esperança se alimenta de pequenas coisas.Nas pequenas coisas ela floresce.Basta-lhe um morango à beira do abismo. Hoje é tudo o que temos: morangos à beira do abismo,alegria sem razões.
A possibilidade da esperança..."
O texto publicado acima é um trecho da crônica sobre o otimismo e a Esperança de Rubem Alves,publicado originalmente no livro Concerto para corpo e alma (Ed. Papirus)
Sabemos o quanto é difícil manter o otimismo atualmente por existir muita gente em que não se pode confiar.
No entanto, sonhar é preciso para manter viva a chama da esperança. A esperança, a nossa fé é o que nos move.Ela, ao contrário do otimismo, sempre é possível.
Aquele forte abraço! Fique com Deus!
No entanto, sonhar é preciso para manter viva a chama da esperança. A esperança, a nossa fé é o que nos move.Ela, ao contrário do otimismo, sempre é possível.
Aquele forte abraço! Fique com Deus!
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