terça-feira, 20 de novembro de 2012

Gente consciente II


 A autoestima das crianças e dos adolescentes sofre muito com a discriminação. Percebe-se isso principalmente na escola quando é constatado um desempenho inferior, aquém das outras crianças.Tenta-se conversar,resgatar os valores pessoais mas esbarra-se na falta de respaldo e à vezes até lamentamos a falta de material e ou de preparo. Mas nos esquecemos que o melhor material que podemos ter são nossos alunos. Não esperar material pronto,mas reconstruir a própria história partindo da  vivência, do dia a dia de cada um.

Temos constatado que família negra e família branca podem ser da mesma condição socioeconômica mas o desempenho da criança negra é menor devido ao ambiente hostil para ela. É preciso que seja reiterada a necessidade de se ficar atento às formas de abordagem da criança negra.A sua dificuldade de autoaceitação só aumenta com a aparente delicadeza de chamá-la de moreninha,escurinha tentando atenuar o impacto da palavra negra. Essa palavra quando não surge  acompanhada de adjetivos que degradam a pessoa,em si mesma,não ofende ninguém.Há que se prestar atenção nos apelidos grosseiros e ofensivos que muitas vezes as crianças negras e pardas recebiam até bem pouco tempo atrás.Alguns ambientes são cheios de ameaças à integridade psíquica da criança negra.

O processo educacional há que tratar do campo ético de como se desenvolvem atitudes e valores como por exemplo o respeito para a formação de novos comportamentos, em relação àqueles que historicamente foram alvo de injustiças que se manifestam no cotidiano,para que de fato possa contribuir nesse processo de superação da discriminação e de construção de uma sociedade justa,livre e fraterna onde todos que se esforçam, independente da cor da pele,tenham os mesmos direitos.

Acreditamos que é preciso mudar mentalidades, superar preconceito e combater atitudes discriminatórias e isto envolve valores de reconhecimento pelas realizações de todos que deram de certa forma a sua contribuição para a formação do país e respeito mútuo, o que é tarefa para a sociedade como um todo. Nesse processo a escola tem um papel crucial a desempenhar  por ser um espaço de convivência com a diversidade, por ser local onde regras para o convívio no espaço público são ensinadas e ainda porque na escola o conhecimento sistematizado sobre o País e o mundo é apresentado à criança e a realidade plural fornece subsídios para discussões e debates em torno de questões sociais. A criança na escola convive com a diversidade e poderá aprender com ela.Por isso acreditamos na possibilidade, com o respaldo legal e utilização de uma prática educacional transformadora, promover o respeito à diversidade racial e à cidadania.

Barack Obama quebrou tabus e pela primeira vez um presidente negro foi eleito e reeleito.Esse fato histórico no mundo possibilita deflagar um processo de reflexão sobre a questão racial na sociedade, do resgate cultural da  raça negra. A reeleição de Barack Obama comprova que a mudança de mentalidade é possível para que aconteça  a  erradicação de práticas discriminatórias .

Forte abraço. E que Deus abençoe a todos nós. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.Fique com Deus.