Parceria fascinante - parte 2

Alguns pedagogos  insistem em afirmar que à escola compete ensinar e educar é tarefa da família. Enquanto me dedico às minhas pesquisas sobre  o envolvimento parental na escola e sua importância na educação da crianças, tenho  cada vez mais a convicção de que os pais são os primeiros educadores da criança. Cabe a eles, inclusive, escolher o tipo de educação que desejam para seu(sua) filho(a). A Educação, creio eu, vem sim de berço mas compete à escola "completar a educação familiar" transmitindo às crianças não somente conhecimentos, mas também os valores necessários para a sobrevivência em sociedade.
Enquanto o debate entre pedagogos, sociólogos,psicólogos e outros profissionais prossegue,os meus estudos sobre a importância do envolvimento da família na vida escolar das crianças, me deixa cada vez mais convicta de que esta parceria é imprescindível  para um ajustamento emocional e acadêmico harmonioso dos estudantes.

Conforme afirma Stadnik, "a família moderna,dentro de todas as transformações históricas apresenta hoje a falta de tempo para conviver,interagir,dialogar enfim fazer-se presente junto dos seus (...).

E pela "falta de tempo" das famílias, passou a haver na educação a transferência de responsabilidades entre  escola e família.

É necessário que este tema seja melhor discutido para que haja maior clareza  na definição dos papeis e limite de atuação da escola e família nesta parceria de sucesso e juntos  possam cumprir  com eficácia a sua função social. Para tanto, é preciso ampliar as situações de diálogo estimulando a participação ativa da família no processo formativo da escola.Importante lembrar que os mesmos princípios devem ser seguidos na tarefa de educar para que  não entrem em conflito.

O envolvimento familiar na vida escolar que propomos não deve se limitar a convocar os pais para reuniões individuais ou coletivas para falar sobre questões relacionadas à disciplina escolar das crianças, ou informar resultados de  avaliações.

Os pais podem e devem ser envolvidos de diversas formas e complete à escola estar  proporcionando diversas modalidades de envolvimento da família na escola para troca de sugestões,elaboração  do Projeto Pedagógico, informações através de telefonemas,agenda do aluno e outros diversos canais de comunicação devem ser disponibilizados pela escola de forma a alcançar todas as famílias até as que "não tem tempo".

As reuniões  de pais antes só para informar  a indisciplina e desinteresse das crianças ou entregar resultados de avaliações, na mudança de paradigma, devem ser espaço de discussão das regras de convivência na escola, do seu Projeto Político Pedagógico,das matrizes curriculares e outros temas relacionados à vida escolar, ao processo de ensino aprendizagem em geral. E nas reuniões individuais professores e familiares devem trocar informações acerca do desempenho acadêmico, social e afetivo do aluno, das sua dificuldades de aprendizagem e de como a família pode estar colaborando para que as possíveis dificuldades sejam superadas.

A escola  é do aluno, centro de todas as ações alí praticadas e por isso, sem se omitir do seu dever de cuidar e educar, deve abrir espaço para a família participar ativamente tanto na melhoria do espaço escolar quanto na adoção de inovações metodológicas e enriquecimento curricular. O respeito no relacionamento família-escola é imprescindível. Direitos e deveres precisam ser igualmente discutidos e preservados.O essencial é que cada um assuma a responsabilidade com consciência de estar fazendo a sua parte e dando o seu melhor para que  o estudante saia vitorioso.
Caríssimos, este assunto não se esgota aqui. Estaremos abrindo inclusive espaço para questionamentos  e troca de experiências,inclusive por E-mal .