segunda-feira, 16 de maio de 2016

Instante cívico... 2

Democracia-  Construção Coletiva

O nosso povo tem dentro de si uma vontade muito grande de vencer e enorme esperança de viver num país mais humano,mais justo. Somos um povo sofrido, com sede de justiça e paz para que se possa sobreviver. Todos temos dentro de nós nossos costumes, crenças e limitações. Todos, sem discriminação de gêneros ou etnias. Todos nós queremos um país onde a ordem e o progresso não sejam apenas ideologias estampada na bandeira.

Ansiamos pelo orgulho e dignidade de dizer para nossos netos que contribuímos na construção de uma nação forte para que eles tenham condição de estudar e ser o que nós não tivemos a oportunidade de ser.

Como educadora, me preocupo muito com nossas criança e jovens. Eles são a semente do futuro, o corpo sagrado do progresso; têm ainda alma virgem de egoísmo e paixões individualistas. São acessíveis ao entusiasmo e as sementes lançadas neste solo fértil que a criança e a juventude com certeza germinará Será que algum dia as lideranças políticas conseguirão dar ao setor educacional do País a dimensão necessária para que possamos nos libertar desse verdadeiro caos?

Não sei se,  o contexto atual nos permite acreditar que o governo vai se convencer em algum momento  da necessidade de se elaborar um plano de ação sério  que contemple a todos promovendo o desenvolvimento integral da Nação, sem privilegiar a poucos. Se não, iremos de crise em crise até o desastre final.

A democracia só poderá crescer e sobreviver, se levar a cabo as apurações das corrupções. Estamos neste momento atravessando uma fase decisiva para nosso país,nosso estado e nossa cidade,pois  pesa sobre nosso ombro a responsabilidade de escolher nossos dirigentes.

Algumas lições podem ser tiradas dessa anarquia gerada pela crise política que nada tem de atual: Uma lição cheia de esperança,de que a corrupção foi enfim caracterizada,o que acarretará o saneamento ético progressivamente geral com a punição (esperamos nós) e/ou afastamento de TODOS os envolvidos; e uma lição de que a devassa  servirá para apaziguar a esperança moral do País,iludindo o povo por tempo necessário para que tudo seja esquecido e a corrupção volte.

Sabemos que está na hora de construirmos um futuro melhor,uma nação forte e decidida,para colhermos frutos bons. É preciso acordar para a vida. Chega de concordar com meia dúzia de pessoas que acham que eles estando com o poder e o dinheiro vai melhorar a vida de outros tantos. Que pensam que basta escolher um bode expiatório e liquidá-lo  para  resolver o problema da deusa economia, sem se preocupar com os problemas dos sofridos filhos desta Pátria,mãe gentil.

Já sofremos muito;é vergonhoso um país inteiro cruzar os braços  e dizer: Não tem jeito.A tendência neste País é só mesmo piorar, se o povo não se conscientizar do seu papel,da seu poder de formadores de opinião, de construtores de um País onde os direitos de todos não sejam lesados pelas autoridades mas sim  respeitados e  alvo da preocupação dos representantes legais do povo. 

É necessário que se conscientize que unidos podemos fazer algo construtivo.Vamos unir ideias e ideais. É nos pequenos grupos que se começa a construção de Nação coletiva. Só poderemos ser grandes quando deixarmos de ser covardes e encontrarmos uma maneira de fazer valer nossa vontade. Que tal começar escolhendo com consciência nossos representantes? Machado de Assis já dizia que " a vida tem a cor dos nossos óculos".  Vamos então colocar uma lente de organização e votarmos sempre conscientes com a esperança de um país melhor. Antes de escolher, pensar na vida de cada um que pleiteia o nosso voto.O que já fez, o que está fazendo e o que se propõe fazer... pelo país, não por ele mesmo. É preciso pensar e investir agora, Se deixarmos para a próxima vez  poderá ser tarde demais.

Concluímos que a democracia não é uma obra que se pode construir com o esforço isolado de um homem ou de um pequeno grupo de homens aliados que,num dado momento, de forma legítima ou não, detenham em sua mãos as prerrogativas do poder. A construção e consolidação da democracia,pelo seu significado social exige a efetiva e responsável participação de todos os cidadãos que, conscientes de seus deveres para com a Pátria,se engajam na luta pela restauração da ordem,da liberdade,da justiça.

                                                         Um abraço forte.Para todos e todas muita paz e bem.
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Um instante Cívico- parte 1

 PÁTRIA AMADA,IDOLATRADA?
Sei que não se pode viver somente de recordações,mas é sempre bom,especialmente em momentos de grande consternação, relembrar fatos que marcaram nossas vidas.

Quando pequena, aprendi com minhas professoras a amar e cultuar o nosso País e tudo que o simbolizava e representava. Diariamente, antes do início das aulas,todos os alunos,perfilados e com muita seriedade,prestávamos nossa homenagem à Pátria, entoando o Hino Nacional, acompanhando com olhares atentos a bandeira que tremulava no ar,desfraldada pela diretora escolar. E à medida que fui crescendo, crescia também o amor à Pátria e o respeito aos símbolos nacionais que as escolas procuravam cultivar em seus alunos.No dia da Pátria,desfilando pelas ruas da cidade segurando orgulhosamente uma Bandeira Nacional,meu coração batia descompassadamente e parecia querer estourar tão grande era a emoção. Eu vibrava. Quanta responsabilidade! Era a minha querida Pátria em minhas mãos!

Atualmente, lembrando a letra do Hino nacional e a Bandeira do meu País,consternada questiono:Pátria amada e idolatrada?  Onde está meu querido País, a sua terra dourada? E a sua bandeira? Por quê não  se pode gritar mais o que nela foi escrito? "Ordem e Progresso".Ordem? Ordem é o que mais falta e não pode haver progresso numa terra sem ordem. Onde está seu valor e sua riqueza? Onde está a brava gente que não faz nada para ajudar a Pátria amada? 

O solo ainda pode ser considerado mãe gentil  de que todos podem desfrutar? 

O filho da Pátria não foge à luta.Todos os dias sai bem cedo de casa para trabalhar e volta bem tarde. De fato, não teme  a morte que pode lhe pegar na próxima esquina ou numa fila do SUS, enquanto aguarda sua vez de ser atendido,mas teme a justiça de seu país. Esta é a clava forte? Para quem?

Este é o país do samba, da praia e do futebol? Não o País que milhões de pessoas conhecem....

Pátria amada? Idolatrada? Naturalmente! Nisto concordamos.Afinal, quem não ama sua terra?  No passado, houve honra e glória?  Não sei,mas esperamos  a paz e o progresso no futuro. A paz que só a justiça imparcial e o amor verdadeiro à Pátria,às suas coisas, sua gente, pode proporcionar .

                                                                                                        ... continua