quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Construindo valores éticos.


Observando crianças, adolescentes e jovens juntos, no horário do intervalo,nos momentos de recreação da escola ou até mesmo numa Igreja, a gente ouve e vê  certas coisas que nos deixam bastante inquietos e nos fazem refletir: O que está acontecendo com nossas crianças e jovens? Que tipo de Educação estão recebendo? Qual a qualidade do meio em que estão vivendo? Que valores éticos  estes futuros adultos estão construindo?

Segundo o grande psicólogo suíço Piaget, as pessoas atuam ativamente na construção dos valores, das normas de conduta. Há uma via de mão dupla em que tanto o indivíduo atua sobre o meio quanto é influenciado pelo meio. Resumindo, uma criança aprende o que vivencia no seu cotidiano  e se torna o que experimenta.

Não há como ensinar a ser justo,honesto, a respeitar o outro com gritos,sermões,lições de moral. Deve-se ensinar as normas em sí  mas também  a importância de seguís-las  vivenciando-as no dia a dia. 

Conheci um pai que ensinava a  seu filho de quatro anos que não se deve mentir senão o nariz iria crescer igual ao do boneco Pinóquio. Ensinar a não mentir, mentindo?  A atitude mais acertada não seria ensinar a criança  que não se deve mentir  para não perder a confiança dos outros? Que tal para maior fixação contar a história de Pedro e o Lobo? Os exemplos sempre dão excelente resultado em qualquer pedagogia e qualquer ensinamento através de histórias então, sempre foi muito eficaz. E o que dizer de pais e professores que cobram valores éticos mentindo: "Se não me obedecer o velho vai te levar",dizia a mãe. "Se não para de falar, não entrará mais na minha sala", disse irritada a professora. No intimo, ela sabe que a escola é pública e que não há lei que estabeleça a permissão de expulsar um aluno por conversar muito em sala de aula. Como ensinar ética, com mentiras e ameaças?

O exemplo,este sim, é fundamental. Crianças e jovens são levados a  imitar a quem ama, a quem admira, a quem respeita.

Quando a criança reincide em  fazer algo contra as normas da família ou da escola, ao invés de gritar com ela, discutir entrando no bate boca que não leva a nada, alguns educadores costumam colocá-la sentada em uma cadeira dizendo-lhe que agiu muito mal teimando em fazer (dizer a atitude ) que não está certo. Que já lhe foi pedido que não fizesse. Agora só sairá dali quando se acalmar ou estiver em condições de conversar ou desculpar-se. Cada caso é um caso. Para lidar com pessoas, em especial com crianças,seres ainda em formação, não se pode seguir receita pre elaborada.Com algumas crianças, basta abaixar-se na altura dos seus olhos e dizer-lhe seriamente que a ama mas está muito chateado(a) com o que fez.Deve-se ainda explicar o motivo porque a criança pequena não tem ainda a capacidade de abstração suficientemente desenvolvida para compreender, sem que lhe explique, porque é tão grave o que fez.

E você colega professor, no caso de não conseguir atingir seu aluno ou sua aluna, precisa contar com a parceria dos pais ou responsáveis. Convide-os para uma conversa amigável na escola com você onde poderá expor a situação e ouvir o lado  deles. Cobre dos responsáveis uma atitude firme em casa já que a maior parte do tempo da criança ela passa com a família.                                  

Educador(a), pai, mãe,professor(a) conquiste a confiança da criança para que ela se abra com você e assim tenha condições de melhor orientá-la.

Muito obrigada pelo carinho da sua companhia .Um forte abraço. Fique com Deus e que Ele abençoe a todos nós.


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