segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mal contagioso.


O que contamina mais do que o entusiasmo? 

Desde longas datas, o professor  foi visto  como idealista que se sentia feliz pelo privilégio de exercer a sublime missão de educar.Com a formatura, assumia o status de professor que lhe conferia diversas dignidades: Era cumprimentado por todos nas ruas e era convidado para todos os eventos cívicos e sociais do município, além de ser o conselheiro, o orador.
Naquela época, o professor dispunha de grandes recursos financeiros próprios, pois a cultura era privilégio de ricos e, graças à sua situação financeira, fazia parte do grupo de benfeitores da comunidade.

Infelizmente, este quadro atualmente mudou. Os professores, pela desvalorização da classe, como qualquer outro operário foram obrigados a reivindicar melhores salários se expondo em greves, assembleias, vigílias e passeatas. E conseguiram nestas ocasiões mais mal tratos do que aumento de remuneração propriamente dito. Foram então classificados de indignos, mercenários, merecedores de perseguições e outros tipos de desrespeitos. Desvalorizado,desrespeitado pela sociedade em geral, seu coração partido clama por um curativo eficaz. E ele que já realizou verdadeiros milagres na profissão,agora sente-se impotente,incapaz de dar conta de todos os desafios que surgem no seu caminho.

Os sintomas do mal, incubado por algum tempo, começam a ser facilmente detectados.E na maioria dos educadores, percebe-se tristeza, desalento, pessimismo, amargura, falta de vitalidade e ausência de brilho nos olhos.

Essa doença que parece ter contaminado grande parte dos educadores, acredito ser o desânimo,o que contamina muito mais do que o entusiasmo.

O educador contaminado, com seu clima interior alterado, não acredita mais nos valores sociais,e até mesmo em si próprio e, consequentemente nem no outro. E prossegue"arrastando" as horas passadas dentro da escola,contaminando colegas e alunos com suas emoções intensas e contraditórias,raiva,mágoa e à vezes amor.Expressão sombria, na maioria das vezes,descrença,desilusão,desmotivação.É preciso resgatar a saúde desses professores.

E os remédios propostos para este estado de emergência, creio que são apenas paliativos. A cura, provavelmente depende, na maioria dos casos, da vontade do doente, da sua disposição em se esforçar para se curar.

No entanto, esta vontade está necessitando para elevar o seu grau em especial nos educadores que a contaminação já está em estado gravíssimo,agitar o coração com uma transfusão de esperança para que possam continuar  vivendo na  nobre profissão que escolheram.

Portanto, é hora de repartir esperanças com aqueles colegas que a estão perdendo pois só assim surgirá em nós mesmos uma dose maior de ânimo que nos projetará a novos níveis de  fé na educação e na humanidade

Forte abraço para todos. E que Deus continue abençoando,nossa vida, nossa família, nosso trabalho.
Obs.Se você é professor(a) e foi contaminado pelo vírus do desânimo,acesse  a "Oração no desânimo" no nosso outro blog  http://procurandoodiamante.blogspot.com.br/ 

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