quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Deu na TV.



A igualdade entre as pessoas é o primeiro postulado no nosso regime democrático: Veja o  que diz o enunciado de um dos artigos:  "Todos são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer natureza,garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade". Você acredita nisto? Na prática,a realidade raramente nos mostra um quadro igual a isto.

Alguns dias atrás assisti num programa de televisão,a seguinte notícia notícia: Três merendeiras de uma escola denunciaram o diretor por caso de  racismo. - O diretor frequentemente desqualifica nosso trabalho- disseram elas.  - O diretor nos obriga a refazer o serviço quantas vezes ele julgar necessário com argumento de que não está bem feito, e, muitas vezes com palavras de baixo calão. Afirmaram ainda que o trato nas relações de trabalho era diferente com as funcionárias brancas.

Isto lhes ocasionou tamanho dano psíquico que elas tinham verdadeiro pânico toda manhã, só em pensar em ir para o trabalho chegando mesmo uma delas a desenvolver depressão. Pesquisando mais o caso,descobrimos que,neste caso,elas venceram a ação por danos e assédio moral. Ainda bem! Justiça feita! Final feliz.

Olhando para as causas do problema, percebemos claramente que isto se dá pela discriminação que ainda há entre o branco e o negro. Por exemplo, em casos de promoção ou designação para cargos de maior prestígio,quase sempre a escolhida é a pessoa branca. E nas relações de trabalho, as maiores vítimas do assédio moral também são as pessoas negras ou  mulatas,ou seja, afrodescendentes. Teria nisto ranço do período da escravidão?

O assédio moral é crime mas,para que seja caracterizado como tal  nas relações de trabalho,precisa ter período de repetição. E, segundo pesquisas, as mulheres são as mais assediadas. E colocando o recorte para a questão racial, as mulheres negras acabam sempre mais desqualificadas.

O fato é que muitas estão o tempo todo lidando com esta situação. Isto tem como consequência uma questão psíquica, como o que ocorreu com uma das merendeiras citadas anteriormente.

Atualmente, percebe-se que temos caminhado no setor das discussões da temática racial sim, mas com muita dificuldade. Outro exemplo é o caso que também deu nos noticiários da TV,o da criança de seis anos, adotada por uma alemã que, ao ficar sozinha por alguns minutos em um restaurante foi coagida pelo gerente a se retirar do mesmo por ter sido confundida com um menor de rua. Qual a cor da criança? Negra. O  acontecido amplamente  divulgado na mídia porque a turista alemã prestou queixas na polícia,em poucos dias,com o retorno da alemã para o seu país de origem, foi esquecido. 

Há uma dificuldade muito grande em considerar a questão racial para estudo.Geralmente quando este tipo de dado é analisado dá-se um jeito de desconsiderar dizendo que há exagero, que não é bem assim. Na verdade, na maioria das vezes, há um tratamento diferenciado no tratamento às questões raciais. Ainda sonho com o dia em que o preceito legal " todos  são iguais perante a lei", saia do papel em todos os  casos e para todas as pessoas.Mesmo  consciente de que ninguém é igual a ninguém,penso que deve ser garantido a todos e a todas, as mesmas oportunidades, os mesmos direitos, o mesmo tratamento. TGSCouto.

Forte abraço para você. E que Deus abençoe a todos nós. Muita paz!




2 comentários:

  1. Adorei o texto! Muito interessante!

    ResponderExcluir
  2. Sim concordo nesse mundo é muita demagogia e pouca ação para acabar com o preconceito.
    Deus te abençoe e continue nos iluminando com suas reflexoes de vida sempre tao inteligentes.
    Leonardo.

    ResponderExcluir

Obrigada pelo comentário.Fique com Deus.