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O
Professor de Bill Gates
Esta estória é meio lenda meio fato, mas merece ser contada como se
fosse real.
Quando Bill
Gates estudava em Harvard, ele tinha um professor de matemática fantástico e
muito exigente. Tanto isso é verdade que Bill Gates se classificou em 18º lugar
num teste nacional de matemática. Esse professor dava uma prova final
dificílima e poucos alunos conseguiam acertar todas as questões.
"Se alguém conseguir acertar completamente esta prova, eu
renunciarei ao meu cargo de Professor de matemática e trabalharei para
ele", dizia o professor no início da prova, com total seriedade.
Em inglês esta frase soa bem mais forte, tipo "eu serei seu
subordinado para sempre", uma forma simpática de dizer que se aceita a
derrota e que finalmente se encontrou alguém superior.
Bill Gates foi o aluno que mais próximo chegou de encontrar todas as
soluções, tendo errado uma questão, somente no finalzinho da dedução.
Passados vinte anos, se alguém for para Boston poderá encontrar o tal
professor batendo a cabeça na parede de Harvard Square, balbuciando : "Por
que eu fui tão rígido? Por que que eu fui tão rígido?’’
Tivesse sido menos rigoroso, o agora anônimo professor seria hoje,
provavelmente, o segundo homem mais rico do mundo.
O interessante dessa estória é o fato de que alunos de Harvard ouvem de
seus professores o seguinte conselho: "Se um dia você encontrar alguém, um
colega ou um subordinado, mais competente que você, faça dele o seu chefe, e
suba na vida com ele".
No Brasil, um colega de trabalho que comece a despontar é imediatamente
tachado de picareta, enganador e puxa-saco. Em vez de fazê-lo chefe, começa um
lento e certeiro boicote ao talento. Nossa mania de boicotar chefes lembra a
mentalidade do "Se hay gobierno soy contra". Nestas condições,
equipes dificilmente conseguem ser formadas no Brasil, e temos um excesso de
prima-donas, donos da verdade sem nenhuma equipe para colocar as idéias em
prática.
Se não aprendermos a escolher os nossos chefes imediatos, como iremos
escolher deputados, governadores e presidentes da República ?
Milhares de jovens acreditam ingenuamente que, apesar de ter cabulado a
maioria das aulas, quando adultos contratarão pessoas inteligentes que suprirão
o que não aprenderem. Ledo engano, pessoas inteligentes são as primeiras a
procurar parceiros competentes para trabalhar.
Melhor do que procurar as melhores empresas para trabalhar é procurar os
melhores chefes e trocar de emprego quantas vezes seu chefe trocar o dele. Como
fizeram as dezenas de programadores que decidiram trabalhar para a Microsoft,
na época em que ela era dirigida por um fedelho de 19 anos e totalmente
desconhecido.
Achar um bom chefe não é fácil. Temos muito mais informações sobre
empresas do que sobre pessoas com capacidade de liderança.
Mas, na próxima vez que encontrar um amigo para saber se o emprego dele
paga bem, pergunte quem são os bons chefes e líderes da empresa em que ele
trabalha,
É muito melhor promover um subordinado a seu chefe se ele for claramente
mais competente do que você, do que ficar atravancando a carreira dele e a sua.
Subordinar-se a um chefe competente não é sinal de submissão nem de
servilismo, mas uma das melhores coisas que você poderá fazer para sua
carreira. Embora ser o número 1 de uma organização seja o sonho de muitos
jovens, a realidade é que 95% de sua carreira será desenrolada como o número 2
de algum cargo.
A pior decisão na vida do professor de Bill Gates foi a de não seguir o
seu próprio conselho. Portanto fique de olho nos seus colegas de trabalho
e escola que parecem ser brilhantes e
tente trabalhar com eles no futuro. Eles poderão ser o caminho para o seu
sucesso.
Fonte www.Kanitz.com.br
Revista
Veja, Editora Abril, edição 1552, nº 25, 24 de junho de 1998, página 21
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