terça-feira, 28 de março de 2017

Inclusão- O mundo é para todos.



Inclusão social

Amados , paz e bem.
O que é inclusão social? Todos sabem que não existem duas pessoas exatamente iguais em aparência física,personalidade,hábitos, etc. Mas todas devem ter oportunidades iguais em qualquer instituição social que participem. Quando isso não acontece,dizemos que está havendo exclusão. Imagine que, em uma escola apenas as crianças com aparência "normal" que não usassem óculos ou que não aparentassem nenhum tipo de  deficiência física pudessem ir para o recreio ou participar de apresentações culturais,por exemplo.Isto seria um desrespeito com as outras crianças,não é? As que usassem óculos, tivessem algum outro tipo de deficiência física,auditiva ou intelectual seriam "excluídas"  só porque são diferentes. Um absurdo desses nunca deveria acontecer. Coisas parecidas, no entanto, ainda hoje em pleno século XXI, acontecem.

Abordar o tema das pessoas com deficiência é expor uma realidade que muitos querem manter escondida. Entendemos que mostrar uma realidade é o primeiro passo para a busca de soluções. 
Infelizmente, na prática as soluções de fato eficientes só a longuíssimo prazo.
O preconceito e a desinformação predominaram historicamente. As pessoas com deficiência são deixadas a margem porque a sociedade as consideram um peso.

As pessoas com deficiência sofrem por dois motivos: primeiro, por suas limitações físicas, se a pessoa não consegue andar, enxergar,ouvir e outras deficiência. E sofrem também se a sociedade não for solidária.Perdem sua autoestima e vem o desespero.
Atualmente, felizmente, as próprias pessoas com deficiência, bem mais conscientizadas, tem lutado pela sua valorização,pelos seus direitos.

A sociedade criou um conceito do padrão: a altura, o peso... Mas esqueceu de que a pessoa humana é biológica e se transforma. Nessa transformação fica ou gorda ou velha, sofre deficiência. Por ela fugir do conceito de beleza criado,da estética, a sociedade criou o pré- conceito. Assim aqueles que não estão enquadrados naquele conceito padrão são jogados para o lixo social.

O nosso país é preconceituoso e racista, porque discrimina tanto o negro quanto o branco. Quem não estiver dentro do padrão preestabelecido é discriminado

A mídia fala muito de beleza estética. Será que uma pessoa com deficiência terá um dia a oportunidade de participar de um desfile de modas ou fazer comercial de algum produto?
É preciso não falar da deficiência, mas da cidadania. Todos têm os mesmos direitos.

É claro que a sociedade amadureceu um pouco no que se refere à inclusão. De 1981 para cá há políticas importantes, foram criadas várias ONGs, mas o processo da verdadeira inclusão é muito lento.

Não falo pela minoria que alcançou após muito esforço a sua integração, nem pela inclusão que às vezes acontece. Falo de um país desigual, porque conheci de perto e porque não dizer, senti mesmo na pele e isto por diversas vezes, o que é ser excluído e passar por privações. Por este motivo considero esta reflexão importante.  E é um dos meus temas de discussão preferidos.

É preciso que a sociedade crie mecanismos de inclusão de todos.Alguns já foram,felizmente criados, como por exemplo o sistema de cotas no mercado d trabalho. Mas sempre são respeitados? Há fiscalização, cobrança  nesse aspecto? A sociedade precisa dar oportunidades para todas as pessoas com deficiência. E não falamos somente das pessoas com deficiência mas  de uma sociedade desagregada. O nosso sonho é por uma inclusão social verdadeira, na prática. O que vemos é o país gastando mais dinheiro no curativo do que no preventivo. Estamos falando de um país onde há tantos discursos e até mesmo leis muito boas sobre diversidade mas existe um claro processo de marginalização nas favelas, periferias... vamos sonhar com esta utopia: uma sociedade  mais justa,igualitária onde os direitos de todos com suas diferenças individuais  sejam  respeitados, e não só teoricamente falando, mas na prática através de mudanças de atitudes. de ações concretas que atendam convenientemente  o  nosso próximo "diferente".

Quem é a pessoa com deficiência? Pode ser amanhã qualquer um. Alguém que hoje é um profissional muito bom,amanhã sofre um acidente automobilístico ou de trabalho, quer voltar e ter uma vida normal,mas vai deparar com barreiras de ordem arquitetônicas (acessibilidade) ou de ordem humana: o preconceito. É melhor a sociedade parar,pensar,refletir sobre esta questão: não falamos sobre deficiência mas sobre dignidade,ética e da colaboração positiva para que o país realmente justo para esse povo que sofre tanto.

Falar sobre e obrigatoriedade da inclusão não é dizer que todos são iguais,mas celebrar a diversidade com respeito e gratidão. Participar do processo inclusivo é estar predisposto a não apenas tolerar mas  considerar e respeitar as diferenças individuais.

Inclusão escolar.
A inclusão é um desafio a ser enfrentado devidamente pela escola regular; provoca a melhoria da qualidade da Educação, pois leva a escola a procurar aprimorar suas práticas para que os alunos com e sem deficiências exerçam o direito à educação em sua plenitude.

É através de pedagogia diferenciada em que todos são atendidos, independente de suas necessidades especiais e que se faz a construção de uma escola inclusiva. Somente garantir através da força da lei a matrícula para os alunos com necessidades especiais não basta.

O acesso e a permanência, o percurso com sucesso no processo de escolarização proporcionando a todos um ensino de qualidade, também deve ser garantido.

Obrigada pela  visita. Um forte abraço. Fique  com Deus. E que  as bênçãos do Senhor recaia sobre todos nós.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Aos Moços





Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito ensinou.

Ensinou a amar a vida.
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras 
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.

Creio numa força imanente
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
da fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos erros
e angústias do presente.

Acredito nos moços.
Exalto sua confiança,
generosidade e idealismo.
Creio nos milagres da ciência
e na descoberta de uma profilaxia
futura dos erros e violências do presente.

Aprendi que mais vale lutar
do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.
  
                                                                                         

                                                                                              Cora  Coralina (1889-1985)

Fonte: Coralina, Cora.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Mulheres



Elas sorriem quando querem gritar.                               
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.


Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para  a injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.


Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.


Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.


                                                                  Pablo Neruda

 

Parabéns a todas as minhas queridas amigas,mulheres de fibra,mulheres  guerreiras pelo Dia Internacional da mulher. 

Um forte abraço e que Deus abençoe a todas nós.

  

quarta-feira, 1 de março de 2017

Campanha da Fraternidade 2017.

 
Criada em 1962, a Campanha da Fraternidade é lançada todo ano na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias no qual a Igreja Católica convida os fiéis a praticar a oração, o jejum e a esmola. A ação vai até o domingo de Ramos, no dia 9 de abril.


Tema e lema da campanha da Fraternidade 2017.


Tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).
 
Com o lema “Cultivar e guardar a criação”, a Igreja quer chamar a atenção para a diversidade de cada bioma e a necessidade do respeito à vida e à cultura das pessoas que vivem neles. O arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Dom Sergio da Rocha, disse que a preservação dos biomas.

Mensagem do Papa Francisco dedicada à Campanha da Fraternidade 2017

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.

O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres. Não apenas tem chamado a atenção para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e, principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema: “Preserve o que é de todos”. Assim, já naquele ano a CNBB apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e com o comportamento humano com relação aos dons da criação.

O objetivo da Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis (cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como “não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43), esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um verdadeiro dom de Deus - através da promoção de relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles vivem. Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais.

Os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem nos oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa, portadora de plenitude e misericordiosa. Por isso, é necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres.

Todos os anos, a Campanha da Fraternidade acontece no tempo forte da Quaresma. Trata-se de um convite a viver com mais consciência e determinação a espiritualidade pascal. A comunhão na Páscoa de Jesus Cristo é capaz de suscitar a conversão permanente e integral, que é, ao mesmo tempo, pessoal, comunitária, social e ecológica. Reafirmo, assim, o que recordei por ocasião do Ano santo Extraordinário: a misericórdia exige “restituir dignidade àqueles que dela se viram privados” (Misericordia vultus, 16). Uma pessoa de fé que celebra na Páscoa a vitória da vida sobre a morte, ao tomar consciência da situação de agressão à criação de Deus em cada um dos biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.

Desejo a todos uma fecunda caminhada quaresmal e peço a Deus que a Campanha da Fraternidade 2017 atinja seus objetivos. Invocando a companhia e a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todo o povo brasileiro, particularmente neste Ano mariano, concedo uma especial Bênção Apostólica e peço que não deixem de rezar por mim.

Vaticano, 15 de fevereiro de 2017