Família & Escola Parceria Fascinante
Bom dia ! Impor limites ao seu (sua) filho(a) ou aluno(a) é muito necessário para que ele aprenda a viver em sociedade.
Tanto nas escolas quanto nas famílias o tema limite tem sido muito discutido.Isto acontece porque as crianças e adolescentes estão cada vez mais espaçosos o que tem aumentado cada vez mais as dificuldades dos adultos que lidam com eles para determinar limites.
Por que as crianças e adolescentes estão avançando nos seus limites,ou seja, nos seus espaços em que lhes é possível agir e exercitar sua criatividade? E por que os adultos que lidam com eles têm demonstrado tanta dificuldade de manter suas posições de autoridade? Será que já se deram conta do seu papel na educação das crianças e adolescentes,na dimensão desta importante responsabilidade?
Sabemos que a melhor opção na escolha dos cuidadores substitutos dos pais devido a vida atribulada que levam o que os obriga a estarem muitas horas ausentes de casa,são os avós, babá ou creche. Estes,aliás, são alguns dos motivos desta dificuldade.No entanto, o que se observa com muita frequência é a falta de conhecimento e de posições claras a respeito do que é educação e de como se processa o desenvolvimento infantil.
Num primeiro momento, a entrada da criança no mundo ético, se dá por uma relação assimétrica de autoridade: o respeito à regra depende do respeito pela pessoa que a colocou. Num segundo momento, a criança pensa sobre a regra e lhe valoriza de outra forma,respeitando quem respeita a regra. E pouco a pouco se conscientiza do que "deve ou não fazer".
Reconhecer a importância da rotina e da disciplina para qualquer tipo de aprendizagem,aliás,bastante esquecido no mundo atual,é outro aspecto importante.Afinal,rotina e disciplina são indispensáveis quando se pretende atingir determinada meta,auxiliam o desenvolvimento da aprendizagem e permitem que crianças e adolescentes percebam suas conquistas.
Família e professores precisam assumir que são a autoridade, sem medo deste papel,lembrando que são modelos de atuação, de referência a ser seguido pela criança,adolescente ou jovem. Assim, sua ação vale mais do que discursos e é preferível errar e reconhecer depois que errou, e, se for preciso,voltar atrás, do que se omitir e se arrepender pelo resto da vida. Às vezes,é preferível ver a criança chorando agora por um não que recebeu, do que chorar mais tarde pelas escolhas erradas que o(a) filho(a) fez devido à falta de orientação ética.
Sabemos que não existem receitas prontas. Na verdade, a forma e a dosagem dependerão de muitos fatores,especialmente dos valores,expectativas e crenças dos pais.Acreditamos porém que vale a pena compartilhar algumas reflexões e experiências que podem ajudar pais e professores a resolverem situações que ocorrem no cotidiano.
É comum vermos pessoas, crianças,adolescentes,jovens que não sabem o que podem ou não fazer. Os educadores muitas vezes ficam sem saber como resolver certas situações advindas da falta de respeito pelos direitos do outro.
Para estabelecer regras de conduta a postura firme dos educadores é decisiva, principalmente na sociedade atual em que há uma crise de valores com a consequente dificuldade em definir o que é certo e o que é errado,onde até mesmo alguns adultos não tem limites. O que vigora é a ética do aqui e agora,de fazer já a qualquer custo e não a moral de esperar sua vez, conquistar.Parece que o êxito fácil, a possibilidade de sempre levar vantagem, de superar não a si mesmo mas os outros, tem sido mais valorizada do que o esforço pessoal.
Mais do que nunca, os pais são responsáveis por passar aos filhos uma ética e uma moral positiva, a compreensão de que é bom ser generoso,tolerante,justo e humilde.
Para que os filhos possam entender que nem tudo pode ser feito,os pais tem que saber dizer não aos seus filhos e explicar o porque. Impor limites é uma forma de amar.
Um forte abraço para todos(as) e que Deus abençoe a todos nós.